A nossa campanha acontece todo 3° domingo do mês das
8h30 às 11h30 em benefício do Lar Ceci Costa.
Uma pequena história da Campanha do
Quilo
O pernambucano Elias Alverne Sobreira conheceu a Campanha do Quilo em
agosto de 1938. A obra foi iniciada pelo casal Matos Vieira e Da. Relene, em
benefício do Abrigo Creche Nazareno, à rua Pontes Leme, n° 438, em Campo Grande
– Rio de Janeiro, o qual abrigava quarenta menores do sexo feminino.
Em 1945, a serviço da Aeronáutica, transferiu-se para Recife. Informado
da existência do Orfanato Ceci Costa que abrigava meninas órfãs. Em reunião
solene relacionada ao aniversário da fundação do referido Orfanato. Foi neste
momento que Elias expôs a razão da sua presença neste evento: A CAMPANHA DO
QUILO. O presidente da casa, Professor José de Barros Lins, que também presidia
a solenidade aceitou o convite da criação da referida campanha em Recife.
Lins dirigiu-se à Escola Espírita Maria de Nazaré, explicou
minuciosamente as finalidades da Campanha do Quilo ao irmão Adauto Cavalcanti
seu presidente. Ficou combinado pelo presidente e uma dezena de confrades que
Campanha teria início no Domingo próximo em benefício do Orfanato Ceci Costa.
Ao final do evento, foram contabilizados os donativos e após as formalidades,
foram remetidos para o Orfanato. Ficou estabelecido assim que a Campanha
realizar-se-ia uma vez por mês, no terceiro domingo.
Em prosseguimento foram ao Núcleo Espírita Centelha de Jesus que aderiu
ao movimento e começou no domingo seguinte.
A terceira Organização Espírita foi Tabernáculo Espírita Apóstolos de
Cristo;
a quarta foi a Cruzada Espírita Pernambucana;
a quinta, o Educandário Espírita Joana D’Arc;
a sexta, a União Espírita da Torre;
a sétima, o Grupo Espírita Regeneração;
a oitava, a Escola Espírita Caminho da Luz;
a nona, a Cruzada Espírita Olindense;
a décima, o Centro Espírita André Luiz;
a décima primeira, a Escola Espírita Irmã Rosália
a décima segunda, o Tabernáculo Espírita Caminheiros Humildes
a décima terceira, Núcleo Espírita Viandantes da Luz;
a décima quarta, a Escola Espírita Jesus de Nazaré
No ano de 1946 foi criada, sob orientação do Mentor espiritual da
Campanha Adolfo Bezerra de Menezes, a Escola Central do Quilo que deveria
orientar as tarefas das Campanhas. A seguir, nos moldes desta, foram
organizadas Escolas Regionais do Quilo, nos principais setores do Recife.
A partir de 1947 foram surgindo outros abrigos de necessitados a serem
beneficiados coma a Campanha do Quilo e outros centros foram convocados para
cooperar com os mesmos.
Mais detalhes sobre todo o processo encontram-se no Livro "Campanha
do Quilo – O bom Combate" do próprio Elias Sobreira.
Recomendações
aos Legionários, principalmente os novatos
·
O Legionário ao bater palmas, deve fazê-lo moderadamente, para não
assustar quem esteja lendo ou distraído;
·
Ao ser recebido, falar em tom moderado, com clareza sem afetação,
olhando a pessoa a quem se dirige; deixando aparecer um leve sorriso, dizer:
"Bom dia, somos da Campanha do Quilo, em nome de Jesus, estamos pedindo um
auxílio para o ... (abrigo de velhinhas, orfanato tal)
·
Atendido ou não, SEM MUDAR O SEMBLANTE, desejar a paz do Senhor,
lembrando que no próximo mês voltará; se estiver distribuindo mensagens, deve
oferecê-las, mas sem insistir;
·
Deve apresentar o "cartão" de identificação, quando
solicitado, agradecendo a exigência pois pode ser uma prova de zelo por parte
do interlocutor; aproveitar esta oportunidade para mostrar .
Método
para fundar uma Campanha do Quilo
Para fundar uma Campanha do
Quilo, é preciso, em primeiro lugar, fazer incentivos, durante as reuniões
espíritas e doutrinações, esclarecendo os irmãos sobre o valor desta, como obra
de assistência, não só material, mas também moral e espiritual.
É preciso realizar visitas aos orfanatos e
abrigos para crianças, velhos e velhas para constatarem as necessidades dos
mesmos bem como obter apoio dos dirigentes dos mesmos. É também de grande
importância buscar a palavra evangelizadora de um mentor espiritual, numa
reunião mediúnica bem orientada, através de um médium seguro.
Após escolhida a entidade
beneficiada deverão começar os incentivos aos assistentes das reuniões
doutrinárias pelo Presidente da Organização Espírita ou alguém por este
autorizado. Relacionar os nomes dos que aceitarem o convite para tomar parte da
tarefa para serem relacionados. Deverão ser providenciados sacos de padaria,
lavados, em condições de limpeza, e mochilas com os seguintes dizeres escritos:
Campanha do Quilo. Se a Campanha a realizar-se for na cidade do Recife, uma
comissão formada pelos principais interessados, deverá dirigir-se a Escola
Central do Quilo para formalizações sobre o plano do serviço a ser realizado e
obter o talão para registro dos nomes dos legionários e o dinheiro e gêneros
alimentícios a serem arrecadados.
Deveres
do Legionário do Quilo
·
Com parecer pontualmente ao local de trabalho da Campanha;
·
Ser assíduo e dedicado;
·
Não fumar, não comer, não beber (exceto água) durante a Campanha;
·
Ser vigilante e firmar o pensamento em Nosso Senhor Jesus Cristo;
·
Evitar qualquer conversa com o companheiro de tarefa, salvo quando se
tratar de assuntos referentes a Campanha;
·
Não trave discussão com quem quer que seja; chegando à porta da casa;
·
Quando for interrogado sobre qualquer assunto referente a Campanha do
Quilo e o desconheça, chamar o Dirigente do Grupo para os esclarecimentos
necessários;
·
Quando for coagido ou oprimido por alguém, procurar manter-se calmo,
retirando-se serenamente em oração, pelo pensamento, a Nosso Senhor Jesus
Cristo;
·
Sempre que encontrar pessoas doentes (acamadas) procurar tomar nota do
nome e endereço, para fazer preces por elas;
·
Quando encontrar pessoas em miseráveis condições – doentes, famintas,
necessitadas de assistência, o legionário deverá fazer o seguinte: socorrer com
os seus próprios recursos, na medida do possível, tomar nota do nome e endereço
e levar ao conhecimento da direção da Escola Central, através do dirigente do
seu grupo, ouvida antes a Escola Regional do seu bairro;
·
Quando um legionário observar alguma falta no seu companheiro de tarefa,
deve procurar esclarecê-lo amorosamente, se ele recusar o esclarecimento, levar
o fato ao conhecimento do Dirigente de Grupo; se porventura o Legionário em
falta ainda não aceitar ou atender, o Dirigente por sua vez levará o caso à
diretoria da Escola Central para devida solução;
·
Nenhum Legionário poderá tirar dinheiro da mochila nem gênero do saco
para socorrer a pessoas necessitadas, pois os donativos recolhidos pertencem
aso abrigos ou orfanatos mantidos pela Campanha;
·
O Legionário deverá trazer sempre a mochila na mão e o saco no ombro;
·
Evitar palestra com amigos, conhecidos, fora das normas da Campanha,
limitando-se a dar explicações rápidas; deve chamar o Dirigente, se for
necessário;
·
Toda vez que o Legionário regressar da Campanha, chegando à sede da
Instituição patrocinadora, colocará o saco com gêneros alimentícios numa
extremidade da mesa e as mochilas na outra, a fim de serem contados, pelo
número de Legionários do grupo, e em seguida contado o dinheiro de todas as
mochilas, formando um só total, que constará declarado no talão da Campanha e
logo em seguida, juntamente com os gêneros arrecadados, será enviado ao abrigo
ou orfanato para o qual foi realizada a campanha;
·
Depois de todas as providências tomadas, gêneros e dinheiro, material
recolhido, cartão de identificação devolvido, será feira a prece de
agradecimento ao Altíssimo e aos Espíritos Mentores da Campanha que ajudarem
nos trabalhos; aí então, o Dirigente de Grupos dará como finalizada a Campanha;
·
Todo legionário assíduo, que realizar a Campanha por um ano e continuar,
será considerado sócio efetivo, com direito a votar e ser votado para os cargos
da diretoria da Escola Central e demais órgãos a ela subordinados;
·
O legionário que tiver de se afastar dos trabalhos da Campanha, deverá
enviar por escrito os motivos do afastamento, a fim de conservar o direito de
sócio efetivo, encaminhando o seu requerimento à Escola Regional a que estiver
ligado.
Os
dez mandamentos da Campanha do Quilo
I.
Perdoar a toda momento, qualquer ofensa;
II.
Tolerar, cheio de boa vontade, qualquer fraqueza do próximo;
III.
Não procurar enxergar o defeito de ninguém
IV.
Elevar, no mesmo instante, o pensamento a Deus, por quem o ofender;
V.
Não se magoar quando receber qualquer ofensa;
VI.
Não comentar o malfeito de quem quer que seja;
VII.
Falar sempre no bem, no Evangelho e na moral de Cristo;
VIII.
Não aceitar o "disse-que-disse", venha donde vier, para ter
garantida a paz entre os irmãos;
IX.
Ter muita paciência, em qualquer experimentação;
X.
Não falar, nem gesticular exaltado, agressivo, com ninguém, para não
perder a boa assistência dos Guias Espirituais.
Benefícios que a Campanha oferece
·
Alijar das nossas almas o orgulho, a vaidade e o egoísmo;
·
Obedecer ao "Ide e pregai o Evangelho" a todas as criaturas;
·
Praticar a justiça ensinada pelo Divino Mestre, expressa nestes termos:
"faze aos outros o que desejas que te faça";
·
Cultivar a humildade, a modéstia e a fraternidade;
·
Desenvolver a renúncia ao personalismo endurecido;
·
Treinar a mansidão ensinada pelo nosso Divino Mestre;
·
Desabrochar a piedade amorosa, sem a qual não seremos Cristãos;
·
Intensificar em nosso espírito e nos da coletividade o ambiente
pacífico, com os testemunhos do bem;
·
Educar a nós mesmos e à humanidade na prática sincera do perdão, sem o
qual estaremos sempre afastados de Deus;
·
Incentivar o povo para a prática do bem desinteressado;
O que se obtém participando da Campanha
do Quilo
·
Resgates das nossas faltas do presente e do passado;
·
Combate a nossa vaidade e ao nosso orgulho;
·
Purificação das nossas almas;
·
Acendimento da luz interior;
·
Paz equilibrada, gozo permanente;
·
Reconciliação com o inimigo do passado e do presente;
·
Dar oportunidade aos outros para resgatarem as suas faltas;
·
Desobsessão individual e coletiva;
·
Educação das nossas almas e de toda coletividade pela prática do bem;
·
Conquista de amigos para as fileiras do bem e do amor ao próximo;
·
Manutenção equilibrada dos abrigos e orfanatos, com arrecadação em
dinheiro e gêneros alimentícios, realizada nas bases da cultura do amor
fraterno;